O dia 1º de maio é considerado Dia
Mundial do Trabalho. A data foi estabelecida pela Segunda Internacional
Socialista, congresso realizado em Paris, em 1889, que reuniu os principais
sindicatos e partidos socialistas de toda Europa. Ao escolher 1º de maio como o
Dia do Trabalho, a intenção dos participantes foi de homenagear os operários
americanos, e por isso, é considerado um momento de reflexão.
Três anos antes, em 1886, milhares de
trabalhadores foram às ruas de Chicago, principal centro industrial dos Estados
Unidos da época, para protestar contra as más condições de trabalho a que eram
submetidos. A redução da jornada de trabalho de 13 para 8 horas diárias era a
principal reivindicação.
No Brasil, a data foi consolidada em
1924 no governo de Artur Bernardes, mas, só a partir do governo de Getúlio
Vargas é que as comemorações, de fato, ganharam força.
A Consolidação das Leis do Trabalho
(CLT) também se deu na data de 1º de maio, em 1942, quando uma comissão de
juristas nomeados pelo então presidente da República, Getúlio Vargas, redigiram
as leis. Este ano, ao propor a reforma trabalhista, o governo “rasga” a CLT,
até então principal instrumento regulador das relações entre empregados e
empregadores no País.
Trata-se, portanto, de uma data em que devemos
levantar nossas bandeiras de luta em prol da dignidade das relações
trabalhistas, a qual clama por atenção.
Nosso papel fundamental,
enquanto sindicato, é de amparar o trabalhador, informá-lo e mobilizá-lo para
que possamos juntar força e expressão contra a retirada de direitos e todo esse
pacote de maldades que o governo tenta impor.
Desde a primeira sinalização do atual governo de
que reformaria as leis trabalhistas, bem como a previdência, já nos atentamos
para suas reais intenções: prejudicar o trabalhador, sobretudo com a retirada
de direitos fundamentais.
É um pesar que em 2017 não possamos apenas
enaltecer conquistas, o meio sindical, bem como entidades como a CNBB e a OAB,
considera as reformas da previdência e trabalhista avassaladoras, uma vez que
acabam com os direitos do trabalhador e precarizam as condições de trabalho. Não
se trata apenas de reformar leis, mas sim, de atingir cruelmente a dignidade de
toda a sociedade brasileira.
Percebe-se que a única preocupação do governo é
transferir para o trabalhador as consequências prejudiciais das reformas que
estão fazendo. Juntamente com empresários, o governo reforma leis oferecendo ao
trabalhador migalhas, como subempregos, retirada de benefícios e,
consequentemente, desemprego e condições indignas.
Esquece-se que lidamos com vidas humanas, que
merecem ser tratadas com respeito e dignidade. Nós, do Sincomerciários de
Jundiaí e Região, e todos os comerciários enfrentaremos as reformas propostas
pelo atual governo e não aceitaremos nenhum direito a menos, afinal existimos
para que direitos não sejam diminuídos, ao contrário, evoluídos e fortificados
ao longo da história.